sábado, 12 de novembro de 2011

Você é um pato ou um cisne?


Você é um pato ou um cisne?

Ando percebendo que estamos em crise, é isso mesmo, em crise existencial.Estamos sendo massacrados por um mídia que impõe um padrão de beleza, que cria estereótipos perfeitos que tem que ser seguidos, afinal, temos que viver dentro dos padrões.
Revistas de moda que ditam uma moda que é impossivel andar nas ruas, dietas milagrosas do tipo "sequem 10 quilos em duas semanas", produtos de beleza que juram rejuvenecimento para mulheres de 50 com meninas de no máximo 28 como modelos.
Será que temos que conviver com isso?
Hoje estava pensando nisso ao ver uma massificação de comerciais de produtos de beleza; senti-me como um pato é isso mesmo!
Sabe aqueles patinhos, todos iguais que ficam andando de um lado para o outro naquelas barraquinhas de tiro ao alvo em parques de diversão, enquanto alguém tenta atirar e o que é pior acertar?
Pois é.
A mídia vive atirando a ermo suas propagandas discriminatórias onde o mundo é das perfeitas, magerrimas e belas mulheres, mas será que o importante é ser igual?
ROBÔS BELOS E PERFEITOS
Onde o sofrimento ainda se torna maior por não conseguir o intento de gramas a menos em uma dieta ou um lifiting reparatório para umas rugas a menos sem contar o crescente e assustador número de cirurgias plásticas
A perfeição não pode e nem deve estar no corpo, a perfeição tem que estar na mente, no coração, na alma do ser humano
esquecemos do essencial em um mundo de beleza irreal e pobres de seres humanos realmente felizes e contentes consigo mesmos.
Deixemos de ser patos, tornemo-nos cisnes
isso mesmo cisnes
seremos nós mesmos, independentes de condições, estereótipos e padrões ditos "normais" de comportamento e beleza

Que façamos a diferença que sejamos um cisne
mas um cisne bem feliz.

Rosane Silveira

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Algumas coisas que aprendi

Algumas coisas que aprendi

Que a dor, a tua dor, a dor

que tu sente com o todo o peso de tua alma

é só tua. Ninguém de VERDADE irá

sentir contigo ou até pode se solidarizar

mas ele segue com sua vida e

você fica estagnado de tanta dor e porque não,

uma sensação de abandono.

Aprendi que o medo da noite escura

e fria nesses momentos de dor é só teu.

O mundo dorme enquanto fantasmas

aterradores entram dentro de nossa cabeça

e nos impedem de dormir, mantendo-nos

acordados com nossa dor, nosso medo,

com nosso desespero

Aprendi que a vida corre, segue e a

gente pra poder acompanhar tem que colocar

nossa dor já tão conhecida, nosso medo

da noite escura e o desespero de pensar

não conseguir ir além embaixo do braço

e caminhar mesmo que a passos lentos e

tropegos.

Tu só tu, é responsável por esse

sentimento aniquilador, cabe a você a decisão

de tornar-se incrédulo sem amor

e sem esperança ou aquele ser que ainda vislumbra

luz no fim do túnel e confesso,

minha solidão tem sido minha companhia pelo túnel

escuro e sem vida que estou caminhando.

Confesso também que essa caminhada

tem sido demasiado longa. Pedras enormes e

quase intransponíveis tem se colocado

diante de mim e acredite queria ter força para

levantar essa pedra e me esconder embaixo dela.

Por favor me escondam um pouco da vida,

dessa vida aterradora e doída

Aproveita se puder, me leva a um

jardim secreto cheio de lírios e jasmins

com pássaros cantando e borboletas

de um azul sem igual que pousem sobre meus cabelos.

Quero aproveitar e me deitar na

relva, ver um por do sol sem preocupação.

Fazer uma prece em ode a vida,

sem essa contramão de sentimentos doloridos.

Mostrem-me um riacho de águas límpidas

onde possa lavar minha alma dessas dores

tão doídas.

Façam uma festa com bastante balões

de multicores e muitos amores, aproveita e

brinca de roda com minha alma de criança.

Falem do amor de Deus, do amor condicional.

Falem algo mágico que tire essa dor

de mim.

Dia 02/09/2010 às 00:50

de uma noite triste demais por ocasião da minha mãe estar no CTI só hoje decidi postar


beijos a todos


Rosane Silveira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ganhando selinhos e respondendo





E junto com os selinhos, veio essa tag da Sunshine Award 2011!
Então vou responder para vocês conhecerem um pouco mais de mim!

COR FAVORITA: AZUL
ANIMAL FAVORITO: AMO GATOS
NÚMERO FAVORITO: PAR RSRSRS
FACEBOOK OU TWITTER: FACE
SUA PAIXÃO: LIVROS E CINEMA
DIA FAVORITO: QUARTA
FLOR FAVORITA: LÍRIOS


Para quem quiser o selinho no seu blog, a regrinha é (além de responder as perguntas e agradecer quem enviou) repassar os 2 selinhos e mais o Sunshine Award e sua tag para 10 blogs favoritos, e avisá-los!

Mais uma vez obrigada a Manú Soares
http://manusoaress.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

UMA VISÃO BEM-HUMORADA DE UMA MULHER NA TPM

A TPM (TENSÃO PRÉ-MESTRUAL FAZ MESMO UMA MULHER SE FRAGMENTAR EM EMOÇÕES DAS MAIS VARIADAS, VAI DO ÁPICE AO FUNDO DO POÇO EM SEGUNDOS, EXPERIMENTA AMOR, ÓDIO, PENA DE SI MESMO SEM CONTAR OS INCONTÁVEIS DEFEITOS QUE ACHA EM SI...
AFF NINGUÉM MERECE ESSES DIAS, OS HOMENS QUE O DIGAM.


UMA VISÃO BEM HUMORADA DE COMO SE SENTE UMA MULHER NA TPM

"Escolha a melhor...
1)Todos os problemas misturados.
2) Tendências a Pontapés e Murros.
3) Temporada Proibida para Machos.
4) Toda Paixão Morre.
5) Tô Puta Mesmo.
6) Tocou, Perguntou, Morreu.
7) Tire a Porra da Mão
8) Tente no Próximo Mês.
9) Tempo Para Meditação
10) Tendência Para Matar"
Peguei essas opções da net e achei que cabia bem, aqui na minha crônica
Pois é, sabe aqueles dias em que você acorda parecendo que o mundo inteiro conspira contra você, que só de teu marido te dar um bom dia já da vontade de esganar e que os problemas que ontem não afligiam hoje são insustentáveis demais pra você carregar. Ah e sem contar a bagunça pela casa que você acha impossível de conseguir arrumar, sem contar teus pensamentos que vagueiam de um lado pro outro do teu cérebro em total desarmonia com tua coordenação motora.E a lágrima que teima em cair dos teus olhos só porque a cafeteira resolveu não funcionar bem?Pois é todas nós simples mulheres, simples que nada !!! Guerreiras...isso sim, temos que enfrentar vez ou outra.Ai vem um marido meio sem graça um filho exigente, uma empregada que cisma em faltar justamente naquele dia que seria imprescindivel , que a mesma ordinariazinha não faltasse, você se vê esganando ela também e ate o gato dela e o cachorro se ela tiver.Ai você pega seu carro sai pra mais um dia de trabalho, aff.
Mal sai da garagem e já vem um engraçadinho passando correndo pra você não atropelá-lo – será que ele pensa que você é tão ruim de roda, que só porque tem mulher no volante ele já acha que é perigo constante! Quase pode até ser, se essa mulher estiver com a tal famigerada TPM – mataria ele também. O trânsito caótico, você logo pensa - como tem homem ruim de roda, da vontade de ter um carro de James Bond só pra sair voando ou por debaixo d’água. Que James Bond que nada com seu senso de autocrítica aguçado e seu temperamento exigente não haveria espião sensual nenhum que desse jeito nessa manhã enfadonha que por certo culminaria num dia mais enfadonho ainda.Chega no trabalho com uma vontade de ser a “mulher invisível” passa querendo ser desapercebida por todos, nesse dia tão ruim parece que colocou um vestido de gala vermelho de lantejoulas aindaTodo mundo resolve parar pra falar com você, hummm que assuntos chatos você pensa...
Quando pensa que conseguiu se livrar daquela turminha do bate-papo do café eis que surge teu pior iminigo – teu chefe. Ah , não...ele sempre chega tarde por que justo naquela manhã em que você atrasa ele chega antes de você? Vou esganá-lo também você logo pensa. Só até aqui você teria cometido seis assassinatos, seis !!!
Mal teve tempo pra decidir como fazê-lo ele a chama em sua sala, ai minha amiga...tudo pode acontecer, enquanto ele esta falando você se imagina fazendo ele engolir o grampeador pra fechar bem aquela boca enorme dele ou então olha meio que despretensiosamente a janela imaginando joga-lo do décimo sexto andar e ai vem a pior parte sua cabeça começa a latejar a medida que ele vai falando e você não agüenta e se vê, gritando – pára!!!!
E se ve saindo correndo daquele que naquele momento seria teu pior pesadelo...
Passados esses momentos de total desespero alienatório. Você regressa para seu lar, ah! lar calmo e tranqüilo onde tem certeza irá repousar nos braços da paz.
Mas perai aquela casa em que você saiu hoje pela manhã jurando matar o marido, a empregada, o gato e ate o cachorro da infeliz?
È, essa mesmo...aff!!!
Quando se dá conta, seu carro já esta entrando na garagem e se prepara, estufa os peitos e entra...pra mais uma batalha – a do lar.Eis que chega em casa encontra um silencio mordaz. Se surpreende!!!Afinal, onde estão todos?Seu pensamento vai retomando a normalidade a medida em que o silencio se completa e se instala na casa. Não tem ninguémmm!!!
Teu marido deixou um bilhete afetuoso na cozinha dizendo que foi levar o filhão pro futebol e dizendo que tinha uma bela lasagna no microondas e barras de chocolates enormes no criado mudo perto de sua cama e ainda deixou dois bons filmes bem românticos pra que pudesse assistir. A bagunça da casa? Ahhhhhh precisava ver, estava arrumadinha, o maridão havia contratado uma diarista só pra não ver sua carinha de desesperada. Quando chegou ao quarto a banheira de hidromassagem estava com água temperada pra aquele gostoso banho com sais e você iria enfim ter a paz tão almejada desde aquela fatídica manhã...Eis que você acorda!!!
Aff !!!!!
Ah não, era tudo um sonho
ACORDOU
realmente aborrecida e foi pra mais um dia de luta contra sua tão famigerada TPM.

Rosane Silveira

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Nosso Jardim Interior

Nosso Jardim Interior




Estava me questionando sobre as singularidades do ser humano e suas possíveis frustrações e decepções à cerca da vida, temi por mim em certo momento. Estaria eu preparada para os embates da vida e os pormenores que me aflige?
Comecei então a me comparar com um jardim e vi que as diferenças são poucas entre eu, um ser humano dotado de todas as faculdades mentais e um jardim com seres vivos microscópicos ou não, as lindas flores, algumas ervas daninhas e seus hóspedes alguns por vezes indesejáveis. A correlação com o jardim me espantou, observei que meu universo interior é como um jardim cheio de flores lindas e viçosas algumas retorcidas pelas marcas do tempo, alguns bichinhos indesejáveis e como eu muito grama para ser aparada. Você há de se questionar: mas como ela está se comparando a um jardim isso é absurdo.
Vejamos que não, tal comparação me pareceu exata.
Observe: O jardim tem que ser cuidado, regado, adubado, vez por outra tirar algumas ervas daninhas que insistem em nascer em meio às flores e sempre aparar a grama para que ela não torne o jardim um lugar feio. Assim somos nós, nossos medos seriam as ervas daninhas que temos que confrontar e nos livrar deles para que eles não criem formas aterradoras e assustadoras em nosso jardim interior, matando em nós as nossas flores viçosas, assim como temos que vez por outra quando sentirmos que estamos nos tornando chão árido e seco nos regarmos com o bálsamo do amor em nossos corações, mesmo que por muitas vezes esse amor nos faça sofrer ainda assim sairemos vencedores, pois amor tal como a água é vida e em abundancia e nosso jardim interior ficará mais cheio de vida e mais bem oxigenado.Os seres microscópicos que vivem no jardim podem mal não comparando ser comparado a nossos anseios e sonhos que ficam no recondido de nosso ser, algumas vezes deixamos pra lá achando que são tolices tais sonhos ou devaneios de infância ou ilusão de um adulto que não tem o que fazer, mas estão lá, sabemos estar lá esses “seres” microscópicos chamados sonhos é que faz toda diferença em nossas vidas quando resolvemos colocá-los em prática, aceitá-los não como devaneios mas como bênçãos em nossas vidas, pois os sonhos assim como os seres microscópicos fazem parte do jardim e mantém o equilíbrio. Outra coisa de suma importância para não deixar um jardim fraco é o adubo tal como o jardim o nosso jardim interior precisa ser adubado de bons pensamentos, somos o que pensamos – isso é fato, pensamento tem vida e se pensamos positivo por certo nossa vida será positiva tudo fluirá de acordo com o nosso pensar positivo.
Levando em consideração tal comparação devo chegar a conclusão de que fazemos parte de um todo, somos todos um, cada um fazendo o seu ciclo natural dar certo, cada um ocupando um lugar na cadeia evolutiva e fazemos assim a roda da vida girar. Que consigamos sempre manter nosso jardim interior com equilíbrio, acreditando ser possível nos livrarmos de algumas ervas daninhas mesmo sabendo que elas são necessárias no processo evolutivo da criação.

Rosane Silveira

Publicado também no Recanto das Letras

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

AUTOFLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA

(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).


Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.

Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.

A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.

Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química
Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!

Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.

Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.

Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.

Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.


ROSANE SILVEIRA

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Seria o homem a sobremesa?


Sempre gostei muito de ler, desde tenra idade que a leitura me acompanha, alguns livros ficaram marcados em minha memória poderia citar aqui vários livros de poemas, alguns de auto – conhecimento, mas o que mais me chamou a atenção foi um livro que minha tia me falou intitulado “O homem é a sobremesa”, o que facilmente foi encontrado na biblioteca de minha cidade na época, por volta dos dezesseis anos achava que tinha um mundo inteiro aos meus pés e achava também que já sabia de cor e salteado todo o contexto daquele livro afinal, temos a certeza de que sabemos tudo e nada é inexoravelmente mutável.

Há alguns dias atrás me deparei com esse livro novamente (hoje aos quarenta anos) achei interessante relê-lo, porém hoje com uma ótica mais madura à cerca dos temas expostos e das conclusões tiradas, diga-se de passagem, bem diferente das conclusões tiradas aos dezesseis.

O livro trata com propriedade da liberação e libertação feminina dos padrões morais e éticos da época, fala claramente do poder da mulher de libertar-se e livrar-se dos grilhões que a prendem a seus maridos, fala também e principalmente do tratamento que o homem tem que ter, inclusive nos fala em alto e bom som “trate seu homem como sobremesa e não como o prato principal”; ora será mesmo que em pleno século XXI onde as mulheres estão em pé de igualdade com seus homens, com a liberação sexual onde a mulher pode claramente dizer se está sendo satisfeita sexualmente ou não, sem se preocupar se o marido, namorado ou amante vai achá-la fácil quando pedir essa ou aquela posição sexual porque lhe dá mais prazer precisamos mesmo dizer que o homem é a sobremesa? Hoje eu afirmo categoricamente O HOMEM É O PRATO PRINCIPAL SIM e como tal tem que ser tratado, bem feito, bem trabalhado, bem cuidado e principalmente bem degustado até sua última gota ou seria garfada rsrs? Sei que algumas vão discordar de mim, mas sabemos que hoje o relacionamento baseia-se principalmente na troca, no compartilhar de idéias, de conhecimento, de entrega e de amor mútuo e principalmente respeito e admiração, não conseguimos amar alguém que não admiramos.

Não conseguimos sequer compartilhar de algumas horas de conversa com alguém que não nos acrescente algo e graças a Deus hoje podemos dizer tão somente, não quero mais... e recomeçarmos nossa busca novamente por alguns momentos de felicidade ou muitos momentos de felicidade. O homem se torna o prato principal à medida que ele se preocupa com nosso bem estar, liga no dia seguinte, diz que você está bela mesmo depois de ter lavado os cabelos e estar completamente sem maquiagem e ainda com uma toalha enrolada na cabeça. O homem é o prato principal da mulher que sabe dar valor a uma boa relação que acredita piamente que ninguém é feliz sozinho e ai, juntos, não terão só um prato principal e sim um banquete de realizações, satisfações, mas principalmente amor próprio e admiração sendo compartilhados por ambos.

Então levando em consideração tudo isso, após fazer esse artigo peguei o tal livro que dizia que nossos homens são sobremesas e joguei no lixo rsrs.

Opine!
Rosane Silveira

Dança do Acasalamento

Fiquei meio reticente ao começar esse artigo. Antes de deixar aqui minhas impressões pessoais à cerca do que será exposto fui em busca de bases sólidas de informações para tal constatação: os livros.
Revirei páginas e mais páginas em busca de alguma afirmação contrária que jogasse por terra a minha idéia em prosseguir.
Acho que era um receio íntimo do que minhas impressões irão causar a quem me ler. No entanto, me sinto na necessidade de continuar.
Tenho observado com o correr dos anos, o “correr” assustador de informações, inovações à cerca do corre-corre diário o que existe mesmo que inconscientemente, mudanças comportamentais no indivíduo.
A globalização de mundos expandiu os espaços físicos entre as pessoas. O que antes era “nosso” agora é compartilhado com o mundo.
Em meio a toda essa gama de informações está o ser vivo, o “bicho homem” que em meio a essa expansão se sente perdido, e o pior, todos os dias é desafiado a prosseguir, mesmo sem saber para onde vão.
Estamos em crise, eu afirmo. Crise de identidade, crise de entendimento de si mesmo e principalmente crise de entendimento do outro, definitivamente não nos entendemos mais. Estaríamos vivendo em uma torre de babel?
O que falta para trazermos de volta todo lirismo do relacionamento a dois?
Essa vida corrida onde tudo tem que ser resolvidos com a mesma velocidade que a velocidade da luz nos deixou fugazes, práticos e porque não insensíveis.
Aquela coisa da conquista, de ficar dias conversando, se conhecendo, diria até vulgarmente falando a “dança do acasalamento” não existe mais, o cortejo sereno quase que inocente.
Estaria eu sendo excessivamente romântica?
Até que alguns diriam: aquela ali parou no tempo.
Pode ser. Mas convenhamos é maravilhoso aquele namoro no portão, aquela época em que um olhar traduzia todo um sentimento.
E o que fazer em meio a essa nova forma do “amor prático?” Nos adaptarmos jogando por terra nossos dogmas e preceitos ou tentarmos a todo custo reverter esse quadro caótico do relacionamento e trazer de volta os áureos tempos.
Esse desenfreado de andar do tempo trouxe junto com ele três leões vorazes: a solidão, a tristeza e a dor.
Tenho observado pessoas falando sempre a mesma coisa: estou só
Em sentidos práticos ouvi muitas dizerem: quando vamos para a cama no primeiro encontro somos consideradas “fáceis” se não vamos, colocando em prática o plano do conhecimento do outro, ou como falei anteriormente a “dança do acasalamento” eles caem fora no segundo passo da dança. Diria até que alguns nem tem tempo para a conquista de almas, como desbravadores vorazes querem tão somente a conquista de corpos. A alma bela, sensível e inteligente da mulher que se lixe.
E o que fazermos diante dessa queda de braço? Deixar-se levar pela mão da solidão ou se adaptar aos novos mecanismos de um relacionamento volúvel e sem muitas possibilidades de chegar ao segundo passo da dança?
Eu particularmente ainda acho viável continuarmos tentando, quem sabe um dia chegaremos ao final da dança felizes e com a certeza de que valeu a pena a espera e a conquista de um bom par para a dança do acasalamento.

Rosane Silveira

Opine!!!