sábado, 17 de setembro de 2016

MANHÃ DE SETEMBRO ROSANE SILVEIRA

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

ACREDITE EM VOCÊ ROSANE SILVEIRA







ACREDITE EM VOCÊ







Quando a tristeza parecer insistir em teu coração, quando as portas parecerem trancadas a sete chaves escondendo de ti a luz do conhecimento, entrega o que te machuca Àquele que sabe por ti. Aceita que dentro de ti existe um ser em perfeito equilíbrio, sábio e cheio de luz. Um ser que sabe que toda dor, toda confusão, todo engano, provém da mesma origem. E, diante de toda ilusão, ele sabe que a cura está na verdade que carregas em teu coração. Um ser que sabe da tua inocência, da preciosidade que representas Àquele que te criou. Aceita que sozinho ainda não sabes cuidar de ti . Deixa que esse ser que habita em ti possa ensinar-te a usar teus dons, acredite no invisível e principalmente na tua capacidade de se refazer a cada nova manhã - ACREDITE EM VOCÊ.



Rosane Silveira

sábado, 25 de junho de 2016

O estranho encontro

         Maria era uma mulher bonita, de belos cabelos castanhos, corpo esguio e com uma vontade intensa de viver todos os momentos que a vida pudesse lhe oferecer. Tinha paixão pela vida, achava que a liberdade era tudo o que se podia ter; não se contentava com pouco, porém não tinha amores frívolos, sempre foi assim até que conheceu Luis, que a princípio era tudo o que ela imaginava como homem, o príncipe encantado há muito esperado.
          Foi praticamente amor à primeira vista, conheceram-se e enamoraram-se e em pouco tempo já estavam casados, dividindo a mesma vida, a casa e o pior, o mesmo lugar para as escovas de dente. A principio viviam uma eterna lua de mel, jantares sempre acompanhados um do outro, ligações no meio dia, só para dizer “eu te amo” e assim seguiu-se até que Maria engravidou. Logo Luis resolveu que Maria não precisaria mais trabalhar, o que ganhava daria para suprir toda a necessidade da casa. Argumentou. Ou seja, a mulher independente de outrem virou Amélia, apesar de não se chamar Maria Amélia! Observa-se que sua vida começou a mudar ai. Logo veio seu primeiro filho, Antonio Pedro, um bebê lindo, que  a ver de Luis precisaria muito de Maria por perto.
            Maria tolamente deixou seu emprego, um cargo de confiança em uma multinacional. A próspera mulher de negócios logo se tornou a dona de casa perfeita, deixou de administrar sua vida pessoal para administrar sua casa o que fazia com maestria. A princípio tudo parecia perfeito. Porém Maria por mais que tentasse não conseguia se adaptar a situação de total alienação. Vivia uma vida chata, sem graça e desprovida de ambições.
             Com o passar do tempo, as presenças de Luis era mais escasseada, não havia mais ligações de “eu te amo” no meio do dia a muito não sabia mais o que era um fim de semana juntos. Maria sabia que seu marido a traía com uma advogada estagiária da empresa, e ela também sabia que não podia fazer nada, aliás nem queria fazer.
              Não tinha mais forças para tentar reaver seu casamento e mudar a situação. Porém, a vida prega peças e da noite para o dia os conceitos de Maria à cerca da vida e de si mesmo mudaram. Para tanto precisou acontecer um milagre...
               Aquele parecia como um dia qualquer se não fosse por um inusitado encontro, encontro esse que o destino fez questão de dar uma mãozinha e deixar marcado na vida de Maria como ferro em brasa.
                Tudo aconteceu numa maravilhosa e ensolarada manhã de primavera, era um contraste berrante com a tristeza que se abatia sobre o rosto de Maria. Pensou em dar uma volta para espairecer, não foi de carro, preferiu ir de ônibus para olhar a vida, as pessoas... Pegou um ônibus no terminal o que foi bom, pois estava vazio. Mais ou menos, no meio da viagem, um homem de muito boa aparência sentou-se ao seu lado, ela olhou meio de soslaio, mas deu pra notar que era muito bem apessoado com cabelos e olhos castanhos lindos e um corpo de dar inveja a qualquer garotão de academia. Sentou-se ao seu lado, ele lia um livro que parecia bem interessante o que não fazia com que Maria deixasse de imaginar que uma vez ou outra ele roçava o braço em seu seio. Ou sua imaginação andava muito fértil ou aquele homem queria mais contato do que simplesmente sentar-se ao seu lado. Maria então resolveu testar sua impressão e fazer um joguinho de sedução, afinal não tinha nada a perder. Sua vida já era chata mesmo. Deixou-se ser tocada e seus pensamentos iam de um lado para o outro na mesma proporção em que o cotovelo do homem ia suavemente lhe tocando enquanto folheava o livro. Era uma sensação maravilhosa, estava sendo desejada de novo. E tinha ali, ao alcance da mão para fazer o que quisesse.
             Olhou para o rapaz, meio que, querendo dizer algo, sua boca entreaberta denunciava que ela estava gostando da brincadeira, então ela começou a roçar sua perna na dele e à medida que ia roçando ia imaginando o que ele estaria pensando sobre ela. Ela intimamente queria que ele pensasse que ela era uma devassa, conceito bem diferente do que eventualmente ela queria que alguém pensasse sobre ela e até mesmo diferente do que Luis atualmente pensava.
              Logo, o desejo de possuí-lo começou a lhe trazer fantasias. Conforme sua perna ia roçando na dele, sua saia ia suspendendo e mostrando um pouco de sua perna torneada o que o deixou extremamente excitado. Ela podia observar a protuberância que já havia sobressaído por sobre a calça. E intimamente ela estava adorando aquela situação em que estava sendo senhora. Depois de tanto tempo, o poder de estar seduzindo um homem subiu a cabeça e foi o que ela continuou fazendo. Brincou de seduzir aquele estranho.
               No entanto, infelizmente estava chegando a hora de desembarcar, meio que aborrecida pensou em seguir viagem e consequentemente cotinuar com a brincadeira. Mas pensou bem e resolve descer, pediu licença ao rapaz para passar. Qual não foi sua surpresa quando o rapaz depois de dar passagem, desceu atrás dela!
Maria ficou sem saber o que fazer, foi seguindo seu caminho. Sabia que estava sendo seguida e logo a sensação de prazer deu lugar ao medo, afinal era um desconhecido.
                 Quando Maria já estava entrando em desespero, ela sente uma mão a segurar pelo braço, mãos firmes e fortes.Ela pensou: pronto morri. Quando olhou para trás se deparou frente a frente com seu alvo de sedução. Olhos seus olhos penetrantes e belos e seu corpo másculo e por um momento tudo a sua volta não tinha importância.
                   O rapaz a convidou para uma cafeteria, o que foi prontamente atendido por Maria, passaram algumas horas magníficas juntos, falaram sobre tudo. Como se conhecem há tempos.
                   Querendo passar mais tempo com Maria o rapaz a convidou para almoçar, foram a um restaurante e lá mais uma vez tiveram um almoço dos deuses regada a muita conversa e um bom vinho. Maria viu-se encantada com a atenção e o fascínio que ele exercia sobre ela com sua conversa divertida e inteligente. Marcaram então um novo encontro para a semana seguinte. Maria não  se aguentava em contentamento e ansiedade, queria que aquela semana passasse logo.
                     A semana transcorreu tranquila, Maria aproveitou para cuidar-se um pouco mais. Comprou até lingerie nova esperando o próximo encontro. Queria que tudo fosse perfeito.
                     Chegou enfim, o dia tão esperado. Maria estava um tanto nervosa se saber ao certo o que esperar. Marcos, era esse o nome do rapaz, havia marcado as quatorze horas com ela. Dessa vez estava de carro o que facilitaria as coisas para Maria, em sua mente todo o roteiro já estava traçado. Dessa vez foram a um barzinho beberam um chopp o que ajudou para que Maria e Marcos ficassem mais soltos.
                        Ela começou a fantasiar coisas com o rapaz e ele percebeu sua intenção. Segurou sua mão algumas vezes enquanto se olhavam em silêncio, nessas horas são desnecessárias as palavras, os corpos gritam. Ambos sabiam onde tudo ia terminar. Dali do barzinho rumaram para um hotel. Maria queria isso mais que qualquer coisa naquele momento.
                        Logo que chegaram ao quarto, Maria se deixou beijar sofregamente por aquele homem e deixou-se conduzir pelo intenso desejo que a consumia. Marcos sabia o que fazia e como fazia. Suas mãos tocavam Maria com maestria cada toque de seu dedo ia despertando nela desejos reprimidos há muito e gemidos de prazer foram dando lugar ao silêncio do quarto, suas roupas foram tiradas com uma rapidez absoluta logo estavam entrelaçados na cama e entre beijos e abraços Marcos foi afastando delicadamente a perna de Maria e a penetrou com um desejo ardente. Maria quase não se conteve sentindo seu corpo estremecer ante a penetração daquele homem em sua vida, gozos intensos e espasmos de prazer iam deixando ela quase desfalecer.
                          Uma lágrima de alegria rolou pelo rosto de Maria, que foi tocado suavemente por Marcos. O dia terminou com um fim de tarde a beira mar. Olhando o sol se pondo e com a certeza de que aquele dia seria o “seu dia” para o resto de sua vida. Saíram dali prometendo-se um novo encontro.
                            Ele ao se despedir, deixou com Maria uma lição, coisas inusitadas acontecem com a gente sem esperarmos mudando para sempre o rumo de nossas vidas e ao dar um terno beijo em Marcos ela pode sentir um cheiro adocicado no ar e esse cheiro a acompanha até hoje. O rapaz foi embora, deixando em Maria esperança de dias melhores e hoje tem certeza que aquele cheiro doce era de um anjo o seu anjo, que ao tocar sua face deixou expelir um pouco de seu esplendor e de seu amor que ficou no coração de Maria pelo resto da vida.
                           Com certeza aquele homem era um anjo, um anjo do amor. A vida de Maria depois desse anjo?
                            Bem, ai começa outra história, só adianto que ela resolveu não mais aceitar os desmandos do marido, separou-se dele, voltou aos estudos ao trabalho e hoje mora sozinha com seu filho e tem uma vida de paz, alegria e contentamento.
                             O marido? Bom o marido casou-se com a advogada e no primeiro trimestre do casamento foi traído por ela com um novo estagiário da empresa. Triste ironia da vida.
Fim

Rosane Silveira

                         

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Pessoas são como casas emocionais

Há algum tempo atrás estava refletindo sobre nosso eu interior e cheguei a conclusão que todos nós somos como casas emocionais. Todos nós temos portas que evitamos abrir, cômodos que temos medo de entrar e gavetas interiores que temos receio de mexer e organizar. Com medo das implicações que isso acarretaria. Sem contar aquele sótão, ah o sótão! Lá sim estão guardados muito do que evitamos falar e mexer, empoeirado pelo tempo algumas teias de aranha já se fazem presente. Durante nossa vida desde tenra idade,  vamos acumulando medos, lembranças boas e ruins alguns traumas, nossos sentimentos muitas vezes ignorados até por nós mesmos. Tudo isso temos o hábito de varrer para debaixo do tapete e deixar ali até que esqueçamos ou pelo menos que tentemos esquecer. Tememos mesmo que inconscientemente, que se revelarmos ou nos revelarmos por completo com toda gama de coisas que somos, nossas mazelas espirituais, nossas fraquezas emocionais e todo o resto de nós seriam postos à prova.Já somos postos à prova todos os dias não é verdade? No entanto, esse olhar atento a essa casa bagunçada que somos nós, é temeroso eu sei, mas se conseguirmos olhar atentamente cada cômodo da casa e aos poucos abrindo as portas a muito fechada, olhar os cantos e abrir gavetas remexendo em nosso eu e ao fazermos isso conseguirmos encarar essa faxina interior como uma boa descoberta de quem somos. Rever cada cantinho de nós abrir de repente uma gaveta e nos depararmos com uma boa lembrança de criança. O quão prazeroso é isso ! Devemos olhar o restante da casa com esse mesmo olhar. Ainda que seja complicado abrir a gaveta das mazelas remexer em cada medo, em cada tristeza e ali muitas vezes encontrar respostas para o que somos hoje e o que estamos fazendo com o que restou de nós da velha casa emocional que nos tornamos. Pois eu te digo o que eu faria. Primeiro abriria as janelas para entrar o sol, tiraria todos os lençóis dos móveis dos cômodos que não entramos há muito  tempo. Aquelas gavetas que tememos mexer, jogaria tudo em cima da cama e escolheria o que de melhor poderia aproveitar e o resto descartaria .  Daria uma boa varrida no lixo emocional. Se não precisamos não há necessidade de estar ali. Essa descoberta de nós mesmos pode ser prazerosa, pode ser o início de uma nova vida na mesma casa. Um olhar atento, sobre tudo o que fomos, somos e seremos uma auto descoberta e uma auto aceitação faria com que aquela casa empoeirada e triste se transformasse em um recanto de aceitação, paz e amor. Que tal começarmos nossa faxina interior?

Rosane Silveira




terça-feira, 21 de junho de 2016

Falando entre amigos

 FALANDO ENTRE AMIGOS


E, falando entre amigos quero te dizer que nada melhor do que falar entre amigos, com a alma lavada e o coração exultando de felicidade por ter em alguém um porto seguro, uma mão estendida e melhor alguém que te compreenda e não te acuse o tempo todo com o dedo em riste apontando teus defeitos. É o céu...

Errado.

Penso que amigos servem pra nos apontar a direção sim, nos ouvir quando estamos tristes, se fazer presente nem que seja pelo telefone, na hora exata em que aquela “dor de cotovelo” terrível teima em aparecer, parece que o amigo adivinha que estamos precisando de uma “levantada na moral” e é exatamente isso que ele faz. Nem precisamos de terapeuta para jogar a nossa auto-estima lá em cima.

Aquele amigo que te liga numa sexta-feira convidando pra um chopp , aquela sexta-feira que você literalmente está entregue na mão do palhaço, em que você não tem nada pra fazer e já está com pijaminha de flanela, esparramado no sofá, vendo um filme enfadonho e pensando: “ninguém me ama, ninguém me quer”.

Espere um momento, vocês podem estar dizendo, ela só pensa em amigos nas horas tristes.E os momentos em que está alegre?

Aí sim que precisamos dos amigos, pra compartilhar o nosso melhor, rir até a barriga doer vendo um filme, dividir sem a menor cerimônia uma pizza à francesa e não sentir vergonha em pegar o último pedaço rsrs, rachar aquela despesa básica.

Penso que amigos são extremamente fundamentais pra nossa sobrevivência – estou falando sério, nenhum homem é uma ilha, sentimos um desejo nato de compartilhar e é isso que nos difere.

Tem amigo de perto, amigo de longe, mais perto, amigo um pouco mais longe (virtual) mas que se fazem presente de uma forma única, quase podemos tocá-lo que dirá senti-lo.

Mas voltando ao papo entre amigos, eu penso que amigo antes de tudo é aquele que te aponta sim o dedo em riste quando ele sente que você “pisou na bola feio” e te diz isso sem cerimônias, aquele que te mostra a direção exata quando você teima em pegar a direção errada.

Há amigos que te dão uma puxada tão forte que te ponhem no centro numa vez só...e são esses amigos que quero ter...que não me apresentem só o meu melhor lado, esse é fácil de lidar mas que me apresentem também os meus defeitos sempre que eles se fizerem acentuados demais, e olha que eu tenho é defeitos, aff...

e...falando entre amigos continuaremos sempre pautados em respeito, harmonia, carinho e principalmente verdade.

Rosane Silveira

segunda-feira, 20 de junho de 2016

ACREDITE EM VOCÊ ROSANE SILVEIRA







ACREDITE EM VOCÊ Quando a tristeza parecer insistir em teu coração, quando as portas parecerem trancadas a sete chaves escondendo de ti a luz do conhecimento, entrega o que te machuca Àquele que sabe por ti. Aceita que dentro de ti existe um ser em perfeito equilibrio, sábio e cheio de luz. Um ser que sabe que toda dor, toda confusão, todo engano, provém da mesma origem. E, diante de toda ilusão, ele sabe que a cura está na verdade que carregas em teu coração. Um ser que sabe da tua inocência, da preciosidade que representas Àquele que te criou. Aceita que sozinho ainda não sabes cuidar de ti . Deixa que esse ser que habita em ti possa ensinar-te a usar teus dons, acredite no invisível e principalmente na tua capacidade de se refazer a cada nova manhã - ACREDITE EM VOCÊ.


quarta-feira, 8 de junho de 2016






Tem coisa que não faz sentido, não tem aquela de é ou não é.
Nada de objetivos, coisas fundamentadas...vida sempre vida, regrada?
Seria?
Nada faz sentido ou tudo é um sentido amplo e aguçado?
Nada faz sentido ou é um sentido tão amplo que se perde de sua essência. De sua crucialidade...de sua credulidade ou seria credibilidade?
Eu faço sentido?
O que eu sinto faz sentido?
Esse emaranhado de sentimentos que se cruzam e se transformam em um gigante que às vezes adormece
Mas às vezes acorda, ah e grita, grita tão insanamente e desaba em si mesmo...
Respostas? Por favor quero respostas.
Todas.
Tem coisa que não faz sentido mesmo.Ou faz sentido demais.
hahaha conclui: nem eu faço sentido...ou faço demais?
Rosane Silveira

sábado, 28 de maio de 2016

FLOR MULHER RICARDO DENUNES




Estava revirando o meu canal do Youtube procurando algum vídeo poema para postar e comecei a ver alguns vídeos que eu e meu amigo o querido poeta Ricardo Denunes da época do extinto e saudoso Orkut e comecei a assistir alguns desses vídeos (tínhamos muitos poemas feitos em duetos) tínhamos uma cumplicidade única que alguns mais afoitos chegavam a cogitar algum tipo de relacionamento escuso mas o Ricardo era de uma integridade, de uma decência que vi em poucos homens. E hoje vendo esses vídeos constatei o que todo muito sabe, que há  pessoas que jamais deveriam entrar no palco de nossa vida, porque se tornam imprescindíveis, fazem de alguns parcos momentos lindos espetáculos de tirar o fôlego, te deixam mal acostumada, a presença se torna constante e invariavelmente a gente se apega, mais do que normal porque quando uma pessoa especial se aproxima, fica o toque do sagrado em nosso coração. E ai, quando por um motivo ou outro, que geralmente vai contra a tudo o que a gente pensou essa pessoa deixa de ser presente, por motivos até sérios porque a vida nos ensina que todos os dias temos que matar um "leão".
Mas o que a gente faz com a sensação de orfandade que isso causa?
O que a gente faz com a espera?
O que a gente faz?
O que a gente faz com os olhos marejados de lágrimas de uma saudade enorme e pior contida... O que a gente faz... com as palavras que teimam em ser ditas mas não tem ouvidos para ouvir? Devíamos ser imunes a isso, devíamos ser imunes a esse tipo de sentimento Se alguém souber me diz como se faz, o que a gente faz?
Havia decidido não postar no meu grupo Poemas em vídeo de Rosane Silveira nossos poemas em dueto mas em homenagem a ele e a nossa amizade e a tudo o que essa amizade significou para mim vou começar a fazer isso...merecemos isso.

Rosane Silveira



sexta-feira, 27 de maio de 2016

 AUTOFLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA


(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).
Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.

Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.

A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.

Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química
Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!

Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.

Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.

Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.

Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.

Rosane Silveira

Mulher nasceu para ser amada não assediada


Tive recentemente um contratempo cibernético com um “senhor” até então muito respeitado no meio, com vários amigos e amigas em comum. No entanto, nunca imaginei que uma situação tão precária me colocaria em xeque e me faria falar sobre isso.
ASSÉDIO OU DESEJO SEXUAL EXACERBADO E DESCABIDO
Sempre toco nesse assunto de forma a me revoltar, aliás não tem como isso não acontecer.Nove entre dez mulheres sofreram ou sofrem diariamente desse mal assustador. A bulinação de nossa alma. Mexe com nosso brio, com nossa sensibilidade e com nossa credibilidade na raça humana.
Há uma grande diferença entre “fazer a corte” isso mesmo,o termo é antigo, porquê sempre quando vejo uma situação como essa volto ao passado, um passado não tão longe em que os homens faziam a corte às suas pretendentes e uma cantada daquelas que faz a nossa alma tremer, com palavras de baixo calão, e um assédio terrível à nossa integridade. A sensação que tenho quando isso acontece é que estão querendo tirar o melhor de mim, me corromper,..me explorar enquanto mulher que sou. Na verdade, é uma forma de estupro sem toque de corpo (toque de alma), é REPULSIVO.
Não sei onde está escrito que mulher quando passa na rua tem que ser olhada como uma peça de carne exposta no açougue. Não sei onde está escrito que palavras chulas dignificam um homem a ponto de ele achar que conquista uma mulher. Ah, meu amigo! Ledo engano o seu...Uma mulher de verdade é conquistada não “pegada”. Não somos objetos,...não nascemos objetos...
Pior que isso não é nada, esses que acham que “pegam” mulher é só a ponta do Iceberg, a coisa é bem mais profunda e complicada. A mulher moderna, graças a Deus, está agora ocupando cargos antes dado só a homens, consequentemente trabalhando “no meio” deles. Quantas delas não devem sofrer assédio de seus chefes? Quantas se calam com um olhar mais abusivo, porque tem que manter o emprego pra sustentar sua casa por ser o “arrimo” de família? Isso não se dá só na classe média baixa não, equívoco pensar assim. Mulheres com capacidade de ir além com pós graduação e mestrado, também passam por essa situação de constrangimento de sua capacidade. Ainda são olhadas como “objeto inferior do ser”. Isso é o verdadeiro assédio sexual, porque infelizmente só é caracterizado “assédio” quando há um superior hierárquico que tire vantagens de sua posição. 
Para isso o que acontece conosco, diariamente, em nossas vidas privadas nem tem nome. Nesse caso, o “estuprador de almas” fica incógnito sem marcas, sem um estereótipo certo, sendo apenas um ninguém. Mas um ninguém que incomoda que viola e que abusa de seu direito. 
Estava buscando o significado do assédio sexual e vi que só é considerado assédio sexual quando o agressor usa desse artifício para tirar vantagens por estar numa posição hierárquica superior. Então, concluindo que nesse caso o homem é realmente um animal irracional dotado de instintos animalescos.
Não! Não quero generalizar e nem vou. Conheço homens gentis, cavalheiros e maravilhosos, que tratam as mulheres como verdadeiras damas que são.
Estou falando aqui daqueles que ficam à espreita de nós nas ruas, vielas, becos, cantos de bares, restaurantes, boates, elevadores, atrás das portas dos nossos escritórios ou em tantos outros lugares escondidos como lobos famintos.
Infelizmente aqui no Brasil a única Lei que temos para coibir tal ato é a Lei número 10224, de 15 de maio de 2001: "Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."
Ou seja, esse tipo de assédio ainda está inclassificável...
Enquanto isso, nós estaremos aqui nos defendendo como podemos, seja por escritos como esse ou anonimamente cada uma a sua maneira.
Espero ter conseguido falar aqui um pouco do muito que todas nós mulheres sentimos e como nos sentimos.
Essa crônica está registrada no Site Recanto das Letras 
Código do texto: T5642360



 A TPM


A TPM (TENSÃO PRÉ-MESTRUAL FAZ MESMO UMA MULHER SE FRAGMENTAR EM EMOÇÕES DAS MAIS VARIADAS, VAI DO ÁPICE AO FUNDO DO POÇO EM SEGUNDOS, EXPERIMENTA AMOR, ÓDIO, PENA DE SI MESMO SEM CONTAR OS INCONTÁVEIS DEFEITOS QUE ACHA EM SI...

AFF NINGUÉM MERECE ESSES DIAS, OS HOMENS QUE O DIGAM

DEIXAREI ABAIXO UMA CRÔNICA COM UMA VISÃO BEM-HUMORADA DE UMA MULHER NA TPM

VAMOS A ELE:
UMA VISÃO BEM HUMORADA DE COMO SE SENTE UMA MULHER NA TPM
Escolha a melhor...
1) Todos os problemas misturados.
2) Tendências a Pontapés e Murros.
3) Temporada Proibida para Machos.
4) Toda Paixão Morre.
5) Tô Puta Mesmo.
6) Tocou, Perguntou, Morreu.
7) Tire a Porra da Mão
8) Tente no Próximo Mês.
9) Tempo Para Meditação
10) Tendência Para Matar

Pois é, sabe aqueles dias em que você acorda parecendo que o mundo inteiro conspira contra você, que só de teu marido te dar um bom dia já da vontade de esganar e que os problemas que ontem não afligiam hoje são insustentáveis demais pra você carregar. Ah e sem contar a bagunça pela casa que você acha impossível de conseguir arrumar, sem contar teus pensamentos que vagueiam de um lado pro outro do teu cérebro em total desarmonia com tua coordenação motora.E a lágrima que teima em cair dos teus olhos só porque a cafeteira resolveu não funcionar bem?Pois é todas nós simples mulheres, simples que nada !!! Guerreiras...isso sim, temos que enfrentar vez ou outra.Ai vem um marido meio sem graça um filho exigente, uma empregada que cisma em faltar justamente naquele dia que seria imprescindivel , que a mesma ordinariazinha não faltasse, você se vê esganando ela também e ate o gato dela e o cachorro se ela tiver.Ai você pega seu carro sai pra mais um dia de trabalho, aff !!! Mal sai da garagem e já vem um engraçadinho passando correndo pra você não atropelá-lo – será que ele pensa que você é tão ruim de roda, que só porque tem mulher no volante ele já acha que é perigo constante! Quase pode até ser, se essa mulher estiver com a tal famigerada TPM – mataria ele também. O trânsito caótico, você logo pensa - como tem homem ruim de roda, da vontade de ter um carro de James Bond só pra sair voando ou por debaixo d’água. Que James Bond que nada com seu senso de autocrítica aguçado e seu temperamento exigente não haveria espião sensual nenhum que desse jeito nessa manhã enfadonha que por certo culminaria num dia mais enfadonho ainda.Chega no trabalho com uma vontade de ser a “mulher invisível” passa querendo ser desapercebida por todos, nesse dia tão ruim parece que colocou um vestido de gala vermelho de lantejoulas aindaTodo mundo resolve parar pra falar com você, hummm que assuntos chatossssss você pensa...Quando pensa que conseguiu se livrar daquela turminha do bate-papo do café eis que surge teu pior iminigo – teu chefe. Ah , não...ele sempre chega tarde por que justo naquela manhã em que você atrasa ele chega antes de você ? Vou esganá-lo também você logo pensa. Só até aqui você teria cometido seis assassinatos, seis !!!Mal teve tempo pra decidir como faze-lo ele a chama em sua sala, ai minha amiga...tudo pode acontecer, enquanto ele esta falando você se imagina fazendo ele engolir o grampeador pra fechar bem aquela boca enormeee dele ou então olha meio que despretensiosamente a janela imaginando joga-lo do décimo sexto andar e ai vem a pior parte sua cabeça começa a latejar a medida que ele vai falando e você não agüenta e se vê, gritando – pára!!!! E se ve saindo correndo daquele que naquele momento seria teu pior pesadelo...Passados esses momentos de total desespero alienatório. Você regressa para seu lar, ahhhhhhhhhh lar calmo e tranqüilo onde tem certeza irá repousar nos braços da paz.Mas perai aquela casa em que você saiu hoje pela manha jurando matar o marido, a empregada, o gato e ate o cachorro da infeliz?È, essa mesmo...aff!!!Quando se dá conta, seu carro já esta entrando na garagem e se prepara, estufa os peitos e entra...pra mais uma batalha – a do lar.Eis que chega em casa encontra um silencio mordaz. Se surpreende!!!Afinal, onde estão todos?Seu pensamento vai retomando a normalidade a medida em que o silencio se completa e se instala na casa. Não tem ninguémmm!!!Teu marido deixou um bilhete afetuoso na cozinha dizendo que foi levar o filhão pro futebol e dizendo que tinha uma bela lasagna no microondas e barras de chocolates enormes no criado mudo perto de sua cama e ainda deixou dois bons filmes bem românticos pra que pudesse assistir. A bagunça da casa? Ahhhhhh precisava ver, estava arrumadinha, o maridão havia contratado uma diarista só pra não ver sua carinha de desesperada. Quando chegou ao quarto a banheira de hidromassagem estava com água temperada pra aquele gostoso banho com sais e você iria enfim ter a paz tão almejada desde aquela fatídica manha...Eis que você acorda!!!Aff !!!!!Ah não, era tudo um sonhoooooo ACORDOU realmente aborrecida e foi pra mais um dia de luta contra sua tão famigerada TPM.





A MENINA DENTRO DA MULHER

Estava agora a pouco rebuscando em minha mente o que escrever e comecei a ler meio que desinteressada um artigo sobre relacionamentos entre homens e mulheres e falava de uma mulher de seus cinquenta e poucos anos que tinha um relacionamento com um homem mais novo.

Confesso que me emocionei com ele talvez por que hoje eu tenha amanhecido sensível ou por que talvez eu tenha visto naquela mulher um pouco de mim, de meus sonhos, minhas alegrias perdidas. Sei lá.

Acho que o fato de ter passado dos quarenta, está começando a mexer e muito com minha cabeça – preciso de um analista!

Mas o importante de toda essa experiente e proveitosa leitura, foi a grande lição que tirei que dentro de toda mulher, seja ela da idade que for, tem uma menina.

Quando somos meninas, temos sonhos de meninas, queremos ter um amor pra vida toda, casar na igreja com uma festa de casamento cheia de pompas e circunstancias ter uma aliança de compromisso.

Sonhamos quando menina com coisas assim e em um determinado momento de nossas vidas começamos a repensar esses valores e começamos a viver uma realidade diferente, o amor não era pra “tão” toda vida assim, festa de casamento... nem todas tem condições de faze-la e quando o casamento acaba? O que sobra?

Sonhos frustrados de uma menina que agora é uma mulher dita “descasada”. Viemos de uma geração que respeitava mais o ter que o ser e felizmente, isto está mudando.

Hoje em dia pra nós mulheres não nos interessa se carregamos em nós título de “esposas” ou qualquer coisa que valha hoje estamos interessadas na ebulição dos sentimentos loucos que tomam a gente de assalto quando encontramos alguém, alguém que se importa com a gente pelo que somos que nos deixa desequilibradas em nossos saltos quando o telefone toca e o coração dispara na iminência de ser ele ou quando ele liga no meio da tarde só pra dizer que tem saudades... quando convida pra um jantar meio que despretensioso no meio da semana.

Mas, voltando à menina – mulher, essa menina ainda cultiva seus sonhos, mas de outra forma. O que sonhamos hoje não é com uma união de compromissos, mas com uma união de almas. Isso é amor com ou sem margem de segurança de que o outro estará acordando do seu lado no outro dia. Porque tudo, tudo mesmo pode acontecer, podemos nos permitir e nada é garantido a não ser o amor.Amar é para poucos, mas eu acredito que amar é para todos. Basta que nos permitamos isso, basta que saibamos quando é o verdadeiro amor e que seja infinito enquanto dure...como dizia o poeta.

Rosane Silveira