sábado, 28 de maio de 2016

FLOR MULHER RICARDO DENUNES




Estava revirando o meu canal do Youtube procurando algum vídeo poema para postar e comecei a ver alguns vídeos que eu e meu amigo o querido poeta Ricardo Denunes da época do extinto e saudoso Orkut e comecei a assistir alguns desses vídeos (tínhamos muitos poemas feitos em duetos) tínhamos uma cumplicidade única que alguns mais afoitos chegavam a cogitar algum tipo de relacionamento escuso mas o Ricardo era de uma integridade, de uma decência que vi em poucos homens. E hoje vendo esses vídeos constatei o que todo muito sabe, que há  pessoas que jamais deveriam entrar no palco de nossa vida, porque se tornam imprescindíveis, fazem de alguns parcos momentos lindos espetáculos de tirar o fôlego, te deixam mal acostumada, a presença se torna constante e invariavelmente a gente se apega, mais do que normal porque quando uma pessoa especial se aproxima, fica o toque do sagrado em nosso coração. E ai, quando por um motivo ou outro, que geralmente vai contra a tudo o que a gente pensou essa pessoa deixa de ser presente, por motivos até sérios porque a vida nos ensina que todos os dias temos que matar um "leão".
Mas o que a gente faz com a sensação de orfandade que isso causa?
O que a gente faz com a espera?
O que a gente faz?
O que a gente faz com os olhos marejados de lágrimas de uma saudade enorme e pior contida... O que a gente faz... com as palavras que teimam em ser ditas mas não tem ouvidos para ouvir? Devíamos ser imunes a isso, devíamos ser imunes a esse tipo de sentimento Se alguém souber me diz como se faz, o que a gente faz?
Havia decidido não postar no meu grupo Poemas em vídeo de Rosane Silveira nossos poemas em dueto mas em homenagem a ele e a nossa amizade e a tudo o que essa amizade significou para mim vou começar a fazer isso...merecemos isso.

Rosane Silveira



sexta-feira, 27 de maio de 2016

 AUTOFLAGELO E DEPENDÊNCIA AFETIVA


(... o medo de amar é o medo de ter que a todo o momento escolher com apreço e precisão a melhor direção...).
Será que estamos na direção certa em um relacionamento amoroso?
Será que não estamos nos doando mais do que recebendo?
Será que não estamos abrindo mão demais de nosso espaço em detrimento do outro?
Será que não estamos dando mais atenção, carinho e toda gama de entrega do que recebendo?
Será que estamos realmente felizes em tentar primeiramente fazer o outro feliz?
Será que...?
Sempre o famigerado será que?
É questões como essa que precisam ser levantadas quando começamos a nos sentir em desvantagem em uma relação, relação essa que deixa de ter dois lados iguais e a balança começa a tender mais pra um lado do que pro outro.

Creio que a balança tem que estar em nível estável de comprometimento, entrega igualdade de valores e sentimentos pra que tudo saia da melhor forma possível em um relacionamento.

A velha história do “eu amo por nós dois” ou “eu tenho tanto amor que dá pra eu e você” ou “você é importante demais pra mim” ou até mesmo a celebre frase “eu não vivo sem você” tem que começar a ser avaliado sob um prisma mais realista. Acabamos por achar que o nosso amor realmente é grande o bastante pra ser amor de um só e acabamos por acreditar que realmente aquela pessoa é de tal importância que morreríamos sem ela e ai começamos numa entrega de um só, onde começa haver as tais cadeias invisíveis e dependências afetivas.

Penso que a dependência afetiva é tão ou mais nociva que a dependência química
Vamos aceitar o fato de que a escolha entre a relação saudável ou um punhado de migalhas está em nossas mãos. Não repassemos a ninguém à responsabilidade de fazermos a nossa escolha... A nossa história!

Não repassemos o outro a responsabilidade pela nossa felicidade. Muitas das vezes vivenciamos uma relação desgastada e fora de propósito por uma série de fatores, menos pelo mais importante nosso amor – próprio.

Seguramos uma relação fracassada por vários fatores entre eles medo de solidão, interesses familiares e financeiros e isso não é bom. Sempre temos uma desculpa pra manter tal relacionamento destrutivo e doentio.

Já ouvi frases do tipo: “eu não largo meu marido por causa da casa”, também já ouvi “eu não largo por causa dos meus filhos”, já ouvi também “aturei o pior dele, porque vou largar o osso agora que ele está melhor” e assim as pessoas vão vivendo uma relação doentia e desprovida de prazer e sentimento real.

Temos que quebrar os grilhões que nos prendem a essa situação de fracasso. Focalizar nossa mente no futuro, um futuro livre de amarras de si mesmo.

Ir em frente, libertar-se e tentar fugir dessas cadeias que tanto nos aflige e nos destrói e aniquila o que de melhor temos: que é o poder de amar e a liberdade de entrega, mas principalmente liberdade de ser amado e de receber do outro o melhor que ele tem pra nos oferecer – ele mesmo, de forma plena, uma entrega total onde todos ganham.

Rosane Silveira

Mulher nasceu para ser amada não assediada


Tive recentemente um contratempo cibernético com um “senhor” até então muito respeitado no meio, com vários amigos e amigas em comum. No entanto, nunca imaginei que uma situação tão precária me colocaria em xeque e me faria falar sobre isso.
ASSÉDIO OU DESEJO SEXUAL EXACERBADO E DESCABIDO
Sempre toco nesse assunto de forma a me revoltar, aliás não tem como isso não acontecer.Nove entre dez mulheres sofreram ou sofrem diariamente desse mal assustador. A bulinação de nossa alma. Mexe com nosso brio, com nossa sensibilidade e com nossa credibilidade na raça humana.
Há uma grande diferença entre “fazer a corte” isso mesmo,o termo é antigo, porquê sempre quando vejo uma situação como essa volto ao passado, um passado não tão longe em que os homens faziam a corte às suas pretendentes e uma cantada daquelas que faz a nossa alma tremer, com palavras de baixo calão, e um assédio terrível à nossa integridade. A sensação que tenho quando isso acontece é que estão querendo tirar o melhor de mim, me corromper,..me explorar enquanto mulher que sou. Na verdade, é uma forma de estupro sem toque de corpo (toque de alma), é REPULSIVO.
Não sei onde está escrito que mulher quando passa na rua tem que ser olhada como uma peça de carne exposta no açougue. Não sei onde está escrito que palavras chulas dignificam um homem a ponto de ele achar que conquista uma mulher. Ah, meu amigo! Ledo engano o seu...Uma mulher de verdade é conquistada não “pegada”. Não somos objetos,...não nascemos objetos...
Pior que isso não é nada, esses que acham que “pegam” mulher é só a ponta do Iceberg, a coisa é bem mais profunda e complicada. A mulher moderna, graças a Deus, está agora ocupando cargos antes dado só a homens, consequentemente trabalhando “no meio” deles. Quantas delas não devem sofrer assédio de seus chefes? Quantas se calam com um olhar mais abusivo, porque tem que manter o emprego pra sustentar sua casa por ser o “arrimo” de família? Isso não se dá só na classe média baixa não, equívoco pensar assim. Mulheres com capacidade de ir além com pós graduação e mestrado, também passam por essa situação de constrangimento de sua capacidade. Ainda são olhadas como “objeto inferior do ser”. Isso é o verdadeiro assédio sexual, porque infelizmente só é caracterizado “assédio” quando há um superior hierárquico que tire vantagens de sua posição. 
Para isso o que acontece conosco, diariamente, em nossas vidas privadas nem tem nome. Nesse caso, o “estuprador de almas” fica incógnito sem marcas, sem um estereótipo certo, sendo apenas um ninguém. Mas um ninguém que incomoda que viola e que abusa de seu direito. 
Estava buscando o significado do assédio sexual e vi que só é considerado assédio sexual quando o agressor usa desse artifício para tirar vantagens por estar numa posição hierárquica superior. Então, concluindo que nesse caso o homem é realmente um animal irracional dotado de instintos animalescos.
Não! Não quero generalizar e nem vou. Conheço homens gentis, cavalheiros e maravilhosos, que tratam as mulheres como verdadeiras damas que são.
Estou falando aqui daqueles que ficam à espreita de nós nas ruas, vielas, becos, cantos de bares, restaurantes, boates, elevadores, atrás das portas dos nossos escritórios ou em tantos outros lugares escondidos como lobos famintos.
Infelizmente aqui no Brasil a única Lei que temos para coibir tal ato é a Lei número 10224, de 15 de maio de 2001: "Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."
Ou seja, esse tipo de assédio ainda está inclassificável...
Enquanto isso, nós estaremos aqui nos defendendo como podemos, seja por escritos como esse ou anonimamente cada uma a sua maneira.
Espero ter conseguido falar aqui um pouco do muito que todas nós mulheres sentimos e como nos sentimos.
Essa crônica está registrada no Site Recanto das Letras 
Código do texto: T5642360



 A TPM


A TPM (TENSÃO PRÉ-MESTRUAL FAZ MESMO UMA MULHER SE FRAGMENTAR EM EMOÇÕES DAS MAIS VARIADAS, VAI DO ÁPICE AO FUNDO DO POÇO EM SEGUNDOS, EXPERIMENTA AMOR, ÓDIO, PENA DE SI MESMO SEM CONTAR OS INCONTÁVEIS DEFEITOS QUE ACHA EM SI...

AFF NINGUÉM MERECE ESSES DIAS, OS HOMENS QUE O DIGAM

DEIXAREI ABAIXO UMA CRÔNICA COM UMA VISÃO BEM-HUMORADA DE UMA MULHER NA TPM

VAMOS A ELE:
UMA VISÃO BEM HUMORADA DE COMO SE SENTE UMA MULHER NA TPM
Escolha a melhor...
1) Todos os problemas misturados.
2) Tendências a Pontapés e Murros.
3) Temporada Proibida para Machos.
4) Toda Paixão Morre.
5) Tô Puta Mesmo.
6) Tocou, Perguntou, Morreu.
7) Tire a Porra da Mão
8) Tente no Próximo Mês.
9) Tempo Para Meditação
10) Tendência Para Matar

Pois é, sabe aqueles dias em que você acorda parecendo que o mundo inteiro conspira contra você, que só de teu marido te dar um bom dia já da vontade de esganar e que os problemas que ontem não afligiam hoje são insustentáveis demais pra você carregar. Ah e sem contar a bagunça pela casa que você acha impossível de conseguir arrumar, sem contar teus pensamentos que vagueiam de um lado pro outro do teu cérebro em total desarmonia com tua coordenação motora.E a lágrima que teima em cair dos teus olhos só porque a cafeteira resolveu não funcionar bem?Pois é todas nós simples mulheres, simples que nada !!! Guerreiras...isso sim, temos que enfrentar vez ou outra.Ai vem um marido meio sem graça um filho exigente, uma empregada que cisma em faltar justamente naquele dia que seria imprescindivel , que a mesma ordinariazinha não faltasse, você se vê esganando ela também e ate o gato dela e o cachorro se ela tiver.Ai você pega seu carro sai pra mais um dia de trabalho, aff !!! Mal sai da garagem e já vem um engraçadinho passando correndo pra você não atropelá-lo – será que ele pensa que você é tão ruim de roda, que só porque tem mulher no volante ele já acha que é perigo constante! Quase pode até ser, se essa mulher estiver com a tal famigerada TPM – mataria ele também. O trânsito caótico, você logo pensa - como tem homem ruim de roda, da vontade de ter um carro de James Bond só pra sair voando ou por debaixo d’água. Que James Bond que nada com seu senso de autocrítica aguçado e seu temperamento exigente não haveria espião sensual nenhum que desse jeito nessa manhã enfadonha que por certo culminaria num dia mais enfadonho ainda.Chega no trabalho com uma vontade de ser a “mulher invisível” passa querendo ser desapercebida por todos, nesse dia tão ruim parece que colocou um vestido de gala vermelho de lantejoulas aindaTodo mundo resolve parar pra falar com você, hummm que assuntos chatossssss você pensa...Quando pensa que conseguiu se livrar daquela turminha do bate-papo do café eis que surge teu pior iminigo – teu chefe. Ah , não...ele sempre chega tarde por que justo naquela manhã em que você atrasa ele chega antes de você ? Vou esganá-lo também você logo pensa. Só até aqui você teria cometido seis assassinatos, seis !!!Mal teve tempo pra decidir como faze-lo ele a chama em sua sala, ai minha amiga...tudo pode acontecer, enquanto ele esta falando você se imagina fazendo ele engolir o grampeador pra fechar bem aquela boca enormeee dele ou então olha meio que despretensiosamente a janela imaginando joga-lo do décimo sexto andar e ai vem a pior parte sua cabeça começa a latejar a medida que ele vai falando e você não agüenta e se vê, gritando – pára!!!! E se ve saindo correndo daquele que naquele momento seria teu pior pesadelo...Passados esses momentos de total desespero alienatório. Você regressa para seu lar, ahhhhhhhhhh lar calmo e tranqüilo onde tem certeza irá repousar nos braços da paz.Mas perai aquela casa em que você saiu hoje pela manha jurando matar o marido, a empregada, o gato e ate o cachorro da infeliz?È, essa mesmo...aff!!!Quando se dá conta, seu carro já esta entrando na garagem e se prepara, estufa os peitos e entra...pra mais uma batalha – a do lar.Eis que chega em casa encontra um silencio mordaz. Se surpreende!!!Afinal, onde estão todos?Seu pensamento vai retomando a normalidade a medida em que o silencio se completa e se instala na casa. Não tem ninguémmm!!!Teu marido deixou um bilhete afetuoso na cozinha dizendo que foi levar o filhão pro futebol e dizendo que tinha uma bela lasagna no microondas e barras de chocolates enormes no criado mudo perto de sua cama e ainda deixou dois bons filmes bem românticos pra que pudesse assistir. A bagunça da casa? Ahhhhhh precisava ver, estava arrumadinha, o maridão havia contratado uma diarista só pra não ver sua carinha de desesperada. Quando chegou ao quarto a banheira de hidromassagem estava com água temperada pra aquele gostoso banho com sais e você iria enfim ter a paz tão almejada desde aquela fatídica manha...Eis que você acorda!!!Aff !!!!!Ah não, era tudo um sonhoooooo ACORDOU realmente aborrecida e foi pra mais um dia de luta contra sua tão famigerada TPM.





A MENINA DENTRO DA MULHER

Estava agora a pouco rebuscando em minha mente o que escrever e comecei a ler meio que desinteressada um artigo sobre relacionamentos entre homens e mulheres e falava de uma mulher de seus cinquenta e poucos anos que tinha um relacionamento com um homem mais novo.

Confesso que me emocionei com ele talvez por que hoje eu tenha amanhecido sensível ou por que talvez eu tenha visto naquela mulher um pouco de mim, de meus sonhos, minhas alegrias perdidas. Sei lá.

Acho que o fato de ter passado dos quarenta, está começando a mexer e muito com minha cabeça – preciso de um analista!

Mas o importante de toda essa experiente e proveitosa leitura, foi a grande lição que tirei que dentro de toda mulher, seja ela da idade que for, tem uma menina.

Quando somos meninas, temos sonhos de meninas, queremos ter um amor pra vida toda, casar na igreja com uma festa de casamento cheia de pompas e circunstancias ter uma aliança de compromisso.

Sonhamos quando menina com coisas assim e em um determinado momento de nossas vidas começamos a repensar esses valores e começamos a viver uma realidade diferente, o amor não era pra “tão” toda vida assim, festa de casamento... nem todas tem condições de faze-la e quando o casamento acaba? O que sobra?

Sonhos frustrados de uma menina que agora é uma mulher dita “descasada”. Viemos de uma geração que respeitava mais o ter que o ser e felizmente, isto está mudando.

Hoje em dia pra nós mulheres não nos interessa se carregamos em nós título de “esposas” ou qualquer coisa que valha hoje estamos interessadas na ebulição dos sentimentos loucos que tomam a gente de assalto quando encontramos alguém, alguém que se importa com a gente pelo que somos que nos deixa desequilibradas em nossos saltos quando o telefone toca e o coração dispara na iminência de ser ele ou quando ele liga no meio da tarde só pra dizer que tem saudades... quando convida pra um jantar meio que despretensioso no meio da semana.

Mas, voltando à menina – mulher, essa menina ainda cultiva seus sonhos, mas de outra forma. O que sonhamos hoje não é com uma união de compromissos, mas com uma união de almas. Isso é amor com ou sem margem de segurança de que o outro estará acordando do seu lado no outro dia. Porque tudo, tudo mesmo pode acontecer, podemos nos permitir e nada é garantido a não ser o amor.Amar é para poucos, mas eu acredito que amar é para todos. Basta que nos permitamos isso, basta que saibamos quando é o verdadeiro amor e que seja infinito enquanto dure...como dizia o poeta.

Rosane Silveira